Confesso que penso
Que não me pertenço
E nem a ninguém
Que não há vintém
Que possa (a)pagar
A dor que existe
Ela que insiste
Em me machucar.
Confesso que travo
Às vezes, paraliso
E sim, te preciso.
Mesmo que saiba
Que todo esse amor
Nesse peito não caiba.
Só quero dizer
Que a felicidade
Não pode viver
Nos livros, teoremas...
E nem noutro ser.
Mas uma ilusão
Em dias tão duros
Me salva de apuros
Me faz respirar.
Confesso que dói
Que aqui me corrói
O peso de ser
O peso de ver
Que tão pouco eu sou
Que o tempo passou
E só agora te achei.
Confesso que é pouca
Que é feia e rouca
A voz que aqui há.
E em vezes tão louca
Em gemidos sem roupa
Eu teimo em te amar...
Confesso que choro
Ao ler ou ouvir
O ego me mata
Diz que não é pra mim.
Em vão orgulhosa
Não estico a prosa
Silencio então.
Confesso que tenho
Um velho porão
E semanalmente
Eu faço exorsão
Também me embriago
Na vã ilusão
E assim se mantém
Esse meu coração.
Julie Oliveira
*Mantenha a autoria desse poema
*Todos os Direitos Reservados
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMinha gratidão pela sua leitura e carinho, querida! Beijo :*
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